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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

PAPA FRANCISCO

      

Mogi das Cruzes, 28 de julho de 2013.


Não sei exatamente porque senti a necessidade de começar a escrever justo hoje. COINCIDÊNCIA ou não, não sei dizer. Assistindo a despedida do Papa Francisco que veio para a 28ª Jornada Mundial da Juventude na cidade do Rio de Janeiro, encheu-se meu coração de uma  sensação de amor, caridade, fraternidade, emoção ao ver um homem simples ou um simples homem detendo um poder o qual poucos de nós tem noção da responsabilidade que seus 76 anos carregam  e o    receio que tem me tomado a semana toda e desde o último conclave.
A Igreja  poderosa desde seus primórdios, oculta procedimentos, relatos entre outros aos quais somente uma ínfima porcentagem no mundo sabe ou saberá algum dia. O segredo do santo graal, a cena da santa ceia?
Fico aturdida porque infelizmente sinto que o santo padre corre risco de vida ou de morte. Mexer e remexer ocultos pode fazer com que apareça despojos de arquivos, inclusive os vivos.
Sinto uma coisa estranha, como um aviso que sua vida não será longa, mas, seu legado ficará para sempre no coração de cada peregrino que o ouviu e/ou viu pronunciar frases sem igual.
Ainda mais moça tive o prazer de assistir cenas do conclave que elegeu os Papas João Paulo I e II, além de Bento XVI. Momentos de euforia, misturados à insipiência do que viria pelos anúncios do Vaticano, nos faz pensar quantos argumentos devem ser usados até que finalmente se eleja um.
Entre os citados, João Paulo II tentou arriscar um contato mais próximo ao povo, ovelhas que aos poucos vem se desgarrando definitivamente de um vínculo religioso tornando desacreditado ou migrando para as várias centenas de milhares de igrejas de outros cunhos, muitas sendo de fachada, retirando de pessoas que depositaram sua fé e seus bens pessoais, ludibriados por palavras que aos ouvidos soam como sinos de salvação e que ao final de algum tempo transforma-se em desilusão e até casos judiciais.
Lembrando o ocorrido ao Papa João Paulo II que covardemente foi atacado e alvejado mais de uma vez e mesmo assim resistiu bravamente até seu último suspiro de vida.
As honrarias creio eu, uma simples ovelha do rebanho perdido, tenham sido justas em seu féretro.
Com seu jeito tímido, de polonês pacato, que perdeu a mãe e pai muito cedo, o clero abraçou-o e com merecimento galgou seus passos.
Senti muito quando foi atingido por um fanático homicida mas, ainda novinha, não entendia o que poderia haver por trás do ocorrido.
Os anos seguiram-se na escuridão com o Papa firme em seu posto mesmo que a saúde demonstrasse o contrário.
Sucessivamente, o conclave com Bento XVI, trouxe antagonicamente as duas referências: João Paulo II, carismático, tentando sempre trazer o perdão de sua forma singela. Em contrapartida tivemos Bento XVI que para meus anseios, era frio, ostentava bom gosto aliado ao fator financeiro em suas vestimentas.
Concordo que uma pessoa do nível papal deva apresentar-se adequadamente mas, sapatos de cromo alemão legítimos e ternos de marcas famosas compõem um desarranjo entre a doutrina e o que se quer fazer valer.
De qualquer forma minha opinião é que sua passagem foi inexpressiva frente a outros, sua doença pode até ter sido agravada pelas responsabilidades assumidas e que nem todas vieram a público. Aos poucos, sua imagem foi fragilizando-se à medida que apareciam escândalos, rumores e situações concretas que ainda circundam o Vaticano.
Padres pedófilos, desfalque no banco mais poderoso do mundo que é justamente o banco do Vaticano, são fortes motivos para afastar um ser humano como qualquer outro, sentindo não ter mais forças para encarar a difícil batalha à frente.Porém, nada ainda estava perdido e sabiamente declararam o jesuíta de modo humilde, com fisionomia serena, a aura clara como a luz, a face de quem foi escolhido para semear e disseminar as sementes da caridade, do perdão e do não pré-julgamento.
Posso enganar-me tentando encontrar nos traços fisionômicos do Santo Padre mais do que citei, contudo tenho no recôndito de minha alma que ele será beatificado, canonizado e santificado quando chegar a hora de sua passagem para um outro “ mundo”.
Em meus 48 anos, nunca vi tamanha movimentação e aceitação de nossa população com peregrinações, vigílias, sob chuva forte, frio intenso e nada nem nenhum fator climático, chegara ser capaz de dispersar a multidão.
Mas, esse perdão dentro de uma instituição dita rigorosa,cheia de pressões, mantendo sempre uma distância que aos olhos parece segura, impediu muitos paradigmas de serem destituídos, quebrados ou amenizados.
A questão do aborto, na qual a Igreja é contra veementemente, o uso de contraceptivos que tornou-se um caos se analisado de forma racional a seguir: Casos positivos de Aids explodindo aos quatro cantos do do planeta  e a Igreja contra o uso dos meios legais, além de outras tantas DSTs não menos agressivas, invasivas, perigosas e devastadoras ao sistema imune correndo-se riscos de endemias, epidemias  e até quem sabe podendo chegar a uma pandemia.
Analise-se o que o poder de uma Ordem Religiosa é capaz de promover sobre dois bilhões de cristãos aproximadamente.
Graças a inúmeras campanhas de governos Estaduais e União dos muitos países existentes, esclarecimentos tem demonstrado resultados discretos entre crescentes e decrescentes casos de doenças dessa natureza.
Dessa forma, mesmo desviando de meu intuito inicial não poderia deixar passar em vão  um risco tão grande assim.
Retomando minha impressão primeira acerca do Santo Padre Francisco revelo aqui que estou apaixonada por ele.
Não há uma só característica que defina o SERVO DO SENHOR.
Ele é um conjunto de referências que o faz único e diferente dos demais que já vimos até agora.
Não cabe aqui buscar exemplos nas sagradas escrituras sobre testemunhos de discípulos que pessoalmente não vimos ou conhecemos. Também deixo registrado que essa afirmação desdenhe das palavras constantes na Bíblia Sagrada.
Trata-se da presença marcante do homem da melhor idade, lúcido e visionário que está chegando e começando a mudar a vida dos católicos, inclusive aqueles que encontram-se em dúvida quanto à sua pretensão religiosa.